ALUCINAÇÕES
"O que seria imaginação ou realidade em um mundo rodeado de fatos sobrenaturais e visitantes misteriosos?"
Certa vez, eu estava sozinha em casa. Minha mãe estava trabalhando e meu pai também.
Meu irmão estava na casa da namorada. Era uma sexta-feira, à tarde.
Eu estava tomando banho e ao terminar, estiquei minha mão para pegar a toalha.
Naquele instante, senti algo estranho que nem sei bem explicar o que era.
Um medo, misturado com uma sensação de que não estava sozinha. Olhei para o chão molhado do box que ainda estava com muita água, pois havia acabado de desligar o chuveiro.
Vi uma coisa que me gelou o coração e me fez tremer.
Bem de frente pros meus més, tinha uma marca de par de sapatos. Era como se tivesse alguém bem na minha frente, mas invisível.
Sem pensar duas vezes, eu puxei a toalha, me enrolei nela e nem sequer me enxuguei.
Saí imediatamente do banheiro e corri para o meu quarto.
Fiquei uns dias sem entender o que havia acontecido, como aquilo foi possível.
Mas o tempo foi passando e eu preferi acreditar que aquilo teria sido apenas uma alucinação, devido ao fato de que eu vejo sempre filmes de terror e leio histórias de terror.
Por isso, fico com isso na cabeça e acabo vendo coisas.
Depois de um tempo, já tinha certeza de que aquilo era alucinação e não me importava mais.
Era um sábado, minha mãe não estava em casa, meu irmão também não e meu pai sim, mas estava na rua.
Era um dia lindo e ensolarado no quente Rio de Janeiro.
Eu estava cozinha. A minha cachorrinha tem mania de pegar jornais para brincar, e era o que ela havia acabado de fazer, e eu me apressei em tirar o jornal dela.
Amassei o jornal e joguei na lixeira, pois estava todo rasgado. Logo em seguida, voltei a lavar a louça.
De repente, ouço um abrulho estranho, semelhante ao de um papel sendo amassado.
Esquisito, não havia ninguém na casa, somente eu e minha cachorrinha que estava deitada do meu lado.
Foi quando então, eu olhei para a lixeira e alí estava uma cena estranha que me paralisou: o jornal que havia acabado de jogar no lixo, estava sendo amassado novamente.
Era como se alguém estivesse com a mão dentro da lixeira o amassando.
No primeiro momento, eu me afastei sem saber o que fazer. Logo em seguida, o barulho parou e eu pensei na possibilidade de ser um rato ou quaquer coisa dentro da lixeira.
Peguei a vassoura e mechi na lixeira com a vassoura pra ver, mas não tinha nenhum ser vivo. Fiquei intácta com aquilo.
E fiquei com aquilo na cabeça por mais uns dias. Um tempo depois eu não havia esquecido, nem acreditava que aquilo viesse a ser alucinação.
Era um sábado também, mas dessa vez, todos estavam em casa. E eu me apressei a tomar banho, pois meus amigos me esperavam para ir ao shopping.
Tudo corria bem quando de repente, me deu uma tontura, como se a minha pressão tivesse baixado.
Segundos depois eu melhorei e acabei o banho. Quando peguei a toalha e fui enxugar meu braço, vi que meu braço estava com sangue.
Mas não havia me achucado. Parecia que havia encostado em algum lugar que tinha sangue.
Então olhei em volta; as paredes, o box, a pia. Nada tinha sangue. Eu ainda fechei os olhos e massageei com os dedos e depois olhei para o meu braço de novo, mas o sangue não sumia.
Então eu passei a toalha para limpar. Logo me deu outra tontura. Quando parou, eu olhei pro meu braço e para a toalha e não tinha mais sangue.
Eu fiquei bastante assustada com isso. Fiquei dias com trauma e me assustava com qualquer coisa.
Hoje já estou bem e, até hoje mais nada aconteceu e espero que continue assim. Pois se acontecer, volto aqui e conto pra vocês. Eu não desisto de acreditar que tudo isso foi apenas uma alucinação. Ou coisa do tipo.
Se bem que, quando orei e tentei ficar próxima a Deus, tudo isso parou :)
Seriam esses fatos apenas imaginação, ou seria a influência de visitantes de outra dimensão deturpando a realidade?
THAIS MEDEIROS - RIO DE JANEIRO - BRASIL